Como parte das obras da revitalização da Avenida JK, prefeitura suprimiu árvores da área central, causando protestos
Foto: Denise Paro
Causou estranheza em parte da população de Foz do Iguaçu a supressão de árvores na Avenida Juscelino Kubitschek, em trecho próximo ao cruzamento com a Avenida República Argentina, nesta semana, para implantação de uma ciclovia.
A retirada das árvores, um total de 20, está prevista no projeto de revitalização da avenida, que teve início em 2024. Entre as espécies suprimidas estão ipês, que embelezavam o centro da cidade.
Em plena era marcada pelo aumento da temperatura planetária, o que se espera é a presença de mais verde e menos concreto nas cidades. Isso leva a entender que Foz do Iguaçu está na contramão das tendências de preservação ambiental.
Segundo a prefeitura, a supressão das árvores foi autorizada pelos órgãos competentes e há previsão de recomposição, conforme determina a legislação vigente.
Falta de transparência
Assim que soube do projeto da ciclovia via imprensa, o Coletivo Ambiental de Foz do Iguaçu (CAFI) procurou a vereadora Yasmin Hachem. A edil convocou uma reunião em novembro de 2024 para discutir o assunto, no entanto representantes da Secretaria Municipal de Obras não compareceram.
Na sequência, foi convocada uma audiência pública, na qual também foi discutida e questionada a obra de drenagem da JK. Houve, na ocasião, uma proposta para redução de danos de baixo custo, visto que a licitação já estava concluída, mas não teve aceitação.
Representantes do CAFI lembram que a opção de mobilidade urbana visa a reduzir o uso cotidiano de carro para diminuir as emissões de CO2, diminuir a poluição e melhorar o ar, bem como amenizar o impacto do calor urbano.
O grupo ainda reforça que foram cortados ipês, árvore símbolo de Foz duplamente protegida pela legislação, que eram mais saudáveis por terem sido plantadas há cerca de dez anos.
Fonte: H2Foz