Porto Alegre, 1° de julho de 2025 — Mary Terezinha Cabral Brum, mais conhecida como Mary Terezinha, faleceu na tarde de segunda-feira, 30 de junho de 2025, em sua casa em Porto Alegre, aos 79 anos.
Segundo a filha Liane Teixeira, ela se encontrava assistindo à televisão quando sofreu um mal súbito, falecendo em paz.
Trajetória brilhante
Nascida em Tupanciretã (RS) em 30 de março de 1946, Mary iniciou sua carreira cedo, aos 13 anos, quando foi descoberta por Vítor Mateus Teixeira, o lendário “Teixeirinha”.
Formaram dupla musical e amorosa durante cerca de 24 anos, período em que gravaram diversos LPs, protagonizaram 12 filmes (como Coração de Luto, Ela Tornou-se Freira e Gaúcho de Passo Fundo), e conquistaram o público com músicas como “Gauchinha Fronteirista” e “Sou Levada”.
Após o fim da parceria em 1984, Mary seguiu carreira solo, publicou a autobiografia A Gaita Nua (1992) e, a partir de 1997, converteu-se ao evangelho, dedicando-se ao gospel através de discos como Mari Terezinha e A Serviço do Rei.
Legado e reconhecimento
Considerada uma pioneira entre as mulheres na música regional, Mary foi chamada de “Teixeirinha de saias” e “Menina da Gaita”, símbolos de sua força e autenticidade.
Sua filha comentou:
“A mãe foi uma pioneira das mulheres, tanto na vida artística quanto na vida pessoal. Ela não escondia quem era, era autêntica. Morreu em paz.”
Cerimônia de despedida
O velório foi realizado nesta terça-feira (1º de julho), a partir das 13h, na Capela Premium do Cemitério João XXIII, em Porto Alegre. A cerimônia pública seguiu até cerca das 19h, permitindo que fãs e admiradores prestassem suas últimas homenagens.
Em síntese
Mary Terezinha deixa um legado artístico e histórico na música popular gaúcha e brasileira. Como cantora, acordeonista, compositora, atriz e escritora, além de missionária e estrela do gospel, ela mostrou coragem e autenticidade por onde passou. Seu legado inspira gerações de mulheres na música e na cultura tradicionalista.
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